A boca deseja sentir sensações prazerosas e isso varia muito entre as pessoas. Tem bocas que adoram comidas apimentadas, já outras aquele azedinho. Essas diferenças são determinadas por fatores genéticos, hábitos da sua família, tradições culturais e condicionamento, que significa associar algumas comidas com experiências prazerosas ou desagradáveis.
Um exemplo de um fator genético é a aceitação para a erva coentro. A grande maioria aceita essa erva sem problemas, mas 10% da população detesta.
Para sentir realmente prazer com o que comemos é importante estar presente e consciente do seu sabor, textura, cheiro dos alimentos. A boca não se satisfaz apenas com a comida dentro dela, mastigar e engolir. Se você deseja se sentir satisfeito com o que você come, a mente precisa estar presente do que ocorre na boca e quais são suas sensações. Caso contrário, a boca sempre irá pedir por mais.
Quando comemos um prato que gostamos, sentimos prazer em comê-lo, na primeira e na segunda garfada está com atenção e curte, mas se distraiu com o celular, a TV ou outra atividade, você terminará o prato e nem se dará conta do que comeu. E a boca continuará com fome e querendo mais comida, ou seja, você não estava presente no momento da refeição e isso faz com que coma mais.
Comece aos poucos a praticar a Alimentação Consciente - Mindful Eating - e traga mais atenção ao momento que está comendo. Você sentirá mais prazer com os alimentos!
Enquanto a fome dos olhos desejam a beleza, a do nariz as fragrâncias, a da boca deseja as sensações!
Agora, traga a mente para esta festa na boca e perceba o gosto dos alimentos, seus sabores, como é o toque na sua língua, a temperatura, a textura...e muito mais.
Bom apetite!
Referência: BAYS, J. C. Mindful Eating. Shambhala, 2009.